LOJA DE MÓVEIS APLICA GOLPE MILIONÁRIO EM CONSUMIDORES DO CEARÁ
Uma
loja de móveis planejados que funcionava em um shopping em Fortaleza fechou as
portas e deixou dezenas de consumidores sem receber as mercadorias que haviam
comprado. A loja fechou em 15 de março e, segundo o aviso afixado na porta,
deveria reabrir em 21 de março, o que não aconteceu. Os telefones para contato
com a empresa que constam no aviso, três de Porto Alegre, onde funciona a sede
da empresa - e um de Fortaleza não completa a ligação. Os prejuízos podem
chegar a R$ 3 milhões, segundo a polícia.
Bruna
Lima, gerente administrativo, contratou a loja para fabricar os móveis do
apartamento novo: armários da cozinha, estantes, guarda-roupa e uma cama. Os
móveis deveriam ter sido entregues em outubro do ano passado, o que não
aconteceu. "Entrei em desespero, comecei a chorar. É frustrante porque não
tenho o que arrumar o que mostrar", lamenta. Ana Carla deveria ter
recebido os móveis em fevereiro deste ano e já havia pago duas parcelas de R$
15 mil. Ela cancelou o cheque da terceira parcela e agora corre o risco de
ficar com o "nome sujo" e sem os móveis. "Eu quero justiça, que
o meu dinheiro seja devolvido".
Alguns
clientes lesados pela loja contrataram uma advogada para tentar resolver o
problema na justiça. De acordo com a advogada Andressa Fontenele, está
configurado o crime de estelionato. "Foi um crime que lesou o consumidor,
eles venderam o que não tinham, é estelionato", diz.
Os
funcionários da loja também estão preocupados. Uma ex-funcionária, que pediu
para não ser identificada, trabalhava na empresa há oito anos. Ela conta que os
funcionários não tinham a carteira de trabalho assinada e estavam há três meses
sem receber salário.
Segundo
ex-funcionária, a dona da loja trocou as fechaduras da loja e os pertences dos
funcionários ficaram trancados lá dentro. "A gente foi contratado como se
fosse sócio da empresa, depois a gente tirou o nome e prometeram que iam
assinar a carteira, mas não aconteceu. Dezoito pessoas devem estar na mesma
situação", afirma.
A
empresa é de Porto Alegre (RS), tem duas lojas na capital gaúcha, uma em
Curitiba (PR), uma em Fortaleza e outra no Panamá. Todas as lojas fecharam. De
acordo com a polícia do Rio Grande do Sul (RS), que investiga o caso, pelo
menos quatro sócios da empresa estão foragidos. O administrador e principal
acionista está preso. A investigação da polícia se baseia em crime contra o
consumidor e estelionato.
Informações
TV Verdes Mares
Nenhum comentário:
Postar um comentário