MARTE E SATURNO PODERÃO SER VISTOS A OLHO NU ENTRE OS DIAS 05 E 07 DE JULHO
Para
os amantes da astronomia, a primeira semana de julho guarda belos fenômenos
envolvendo Marte, Saturno e a Lua. Segundo Jair Barroso, astrônomo do
Observatório Nacional e colaborador da Comissão Organizadora da Olimpíada
Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), serão eventos visualmente chamativos
e de fácil observação.
No
dia 5, por volta das 22h (hora de Brasília), a Lua “passará” por Marte a uma
pequena distância angular, no lado oeste (poente). “Essa aproximação poderá ser
vista, no entanto, já a partir do escurecer, com ambos os astros mais altos no
céu”.
"Quem
tiver oportunidade, poderá acompanhar o movimento de aproximação da Lua em
relação ao planeta vermelho com o passar das horas", explica Barroso.
O
astrônomo ainda lembra que, durante a oposição ocorrida em abril desse ano,
Marte “rivalizou” com Sirius, a estrela mais brilhante do céu, depois do Sol.
“Agora, ele já está bem mais longe da Terra e seu brilho aparente diminuiu.
Mesmo assim, ainda é bem destacado”, relata.
Logo
em seguida, em 7 de julho, por volta das 23h (hora de Brasília), será a vez de
Saturno receber a "visita" da Lua. Como no evento anterior, a
observação poderá começar bem antes. As pessoas vão poder estudar astronomia,
na prática, segundo Barroso, acompanhando os movimentos simultâneos dos astros.
"O
primeiro, devido à rotação da Terra (“ fazendo” os astros irem para oeste). E o
segundo se refere ao movimento de translação da Lua em volta do nosso planeta.
Isso vai resultar no seu deslocamento para leste, passando pelos outros astros
na faixa de sua trajetória no zodíaco", conclui.
O
professor João Batista Garcia Canalle, coordenador da OBA, lembra aos
espectadores que Marte terá um tom avermelhado no céu noturno.
Já Saturno vai
aparentar uma cor amarelada.
Ainda
sobre Saturno, Canalle diz que ele é um planeta interessante para ser observado
com o uso de telescópio, por causa dos famosos anéis: “Aconselhamos às escolas
participantes da OBA que usem o Galileoscópio para admirar esse instigante
astro. É uma forma de incentivar os jovens a se aproximarem da astronomia”,
defende.
FONTE:
Agência Brasil
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