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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

APERFEIÇOAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SERÁ DISCUTIDA EM FÓRUM


Está agendada para o dia 13 de setembro, a realização do primeiro fórum de aperfeiçoamento dos profissionais da saúde, quando será abordado o tema “Rede de Assistência Psicossocial”.  A ideia de realizar fóruns de aperfeiçoamento surgiu da necessidade de preparar os profissionais da saúde para atender pessoas que possuem transtornos mentais. Na última quarta-feira (20), o Ministério Público do Rio Grande do Norte, por meio das 10ª, 12ª e 18ª Promotorias de Justiça de Mossoró, realizou audiência para discutir os fóruns de aperfeiçoamento. Os promotores de Justiça falaram sobre os casos mais recorrentes em que a instituição tem atuado.
O promotor da 12ª Promotoria de Justiça, Sasha Alves, com atribuição na defesa dos direitos da criança e do adolescente, argumentou que existe uma grande demanda de mães de adolescentes usuários de entorpecentes que solicitam a ajuda do MP. O representante ministerial também falou sobre a incapacidade de órgãos, como Conselhos Tutelares e Centros de Atendimento Psicossocial (Caps), que integram a rede de saúde da família, em resolver os problemas isoladamente.
Outro tema em pauta foi à falta do suporte que deve ser dado à família da pessoa com transtornos mentais, tanto em termos hospitalares quanto extra-hospitalares. A crescente evasão escolar motivada pelo consumo de drogas também foi um dos assuntos abordados pelo promotor de justiça.
Como titular da 18ª Promotoria de Justiça, que atua na defesa do direito de pessoas com deficiência, o promotor Hermínio Perez reforçou que as pessoas que têm transtornos mentais precisam de ambientes adaptados para as suas necessidades. Sasha Alves enalteceu a relevância do projeto “Passe Livre”, que trata do fornecimento regular de transporte público de qualidade e que se encaixa nos padrões de acessibilidade, tanto física quanto mental.
O promotor Antônio Cláudio Linhares, titular da 10ª Promotoria de Justiça da Comarca, que também atua na defesa dos direitos da criança e do adolescente, mas em situações referentes ao ato infracional, relatou ser crescente os casos em que estes comentem atos infracionais motivados pelo uso de álcool e/ou drogas. Muitas vezes, o consumo de entorpecentes acaba por gerar transtornos mentais graves, além dos desajustes ocasionados pelo próprio vício.
O representante ministerial também argumentou que pacientes que têm ou desenvolvem transtornos mentais devem ser tratados conforme prevê o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Através desse sistema, os jovens devem ser encaminhados para os órgãos de saúde para tratamento, ao invés de levados aos Centros Educacionais (Ceduc).
As representantes das Secretarias de Saúde, Desenvolvimento Social e Educação explicaram que muitas dessas demandas são motivadas pelo despreparo dos profissionais, que não têm conhecimento sobre as políticas de saúde mental, e pela falta de integração na rede municipal de saúde. Também foi lembrada a falta de estrutura do único centro de acolhimento de pessoas com transtornos mentais, a Casa de Saúde São Camilo de Lélis, com apenas 160 leitos para atender pacientes de todo o Rio Grande do Norte. Participaram da audiência representante das Secretarias de Mobilidade Urbana, Saúde, Desenvolvimento Social e Educação, além de conselheiros tutelares de Mossoró. Também estiveram presentes os representantes dos Caps, do Centro de Referência Especializado e Assistência Social (Creas) e das entidades de defesa das pessoas que possuem transtornos mentais, como o Núcleo Interdisciplinar de Ações para a Cidadania (Niac) e a Cassa de Passagem.

FONTE: DeFato.com


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