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domingo, 8 de março de 2015

EM MOSSORÓ MARCHA DAS MULHERES REFORÇA LUTAS POR DIREITOS 




O movimento feminista realizou na manhã deste sábado, 7, a Marcha Mundial das Mulheres. A mobilização percorreu as principais ruas do centro de Mossoró, em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo, 8, com a participação de vários municípios. Apodi, Serra do Mel, Assu, Pendências e Governador Dix-sept Rosado estiveram representados nesse movimento que expressou a força feminina em busca dos direitos das mulheres e da sociedade.  A concentração aconteceu na Praça Rodolfo Fernandes, popularmente conhecida como Praça do Pax.
Com o tema “Corpos e territórios: resistências e alternativas das mulheres”, o movimento evidenciou a ofensiva do capitalismo patriarcal como fator que gera violência e o cerceamento dos direitos sobre os corpos das mulheres.
“A sociedade considera que os corpos das mulheres podem ser apropriados pelo Estado, mercado e pelos homens, mas os corpos são nossos. Infelizmente, temos um modelo de capitalismo, onde o que importa é ter lucro, sem se importar com as pessoas. Mas, nossa pauta requer um desenvolvimento que respeite o espaço das mulheres”, disse Conceição Dantas, militante da Marcha Mundial das Mulheres.
Questionada sobre as conquistas e desigualdades no universo feminino, Conceição salientou que houve avanços, mas destacou as barreiras a serem vencidas. “A sociedade é dinâmica. Obtivemos conquistas, mas também retrocessos, como músicas agressivas às mulheres e um Congresso conservador”, declarou.
O movimento feminista também se opõe aos projetos das grandes obras que, segundo o grupo, desestabilizam a vida de várias mulheres, como o Perímetro Irrigado nas terras da Chapada do Apodi, especulação imobiliária em Tibau e na Costa Branca, além de projetos de parques eólicos que ameaçariam o território da Agricultura Familiar e pesca artesanal.
Outra questão apontada pela militante é o mercado de água implantado por empresas que passaram a comercializar esse recurso natural. “A questão da água é uma pauta antiga e está vinculada à vida das mulheres, que, por exemplo, carregavam latas de água na cabeça. O problema é que as empresas estão tomando conta da água. É a privatização do setor”, enfatizou.
Para Marília Andrade, também militante da marcha, o dia foi de comemoração das lutas e causas defendidas pelas mulheres. “É a luta contra o machismo e o sexismo, por um mundo menos desigual. A luta para que os direitos das mulheres não sejam violados é diária”, disse.
Raimunda Soares, secretária do Sindicato dos Empregados do Comércio de Mossoró (SECOM), reforçou a o movimento contra o desrespeito. “Precisamos lutar contra os assédios moral e sexual. Em Mossoró, já tivemos um denúncia de assédio sexual, e a funcionária foi em busca de seus direitos. As mulheres devem denunciar. Não podem se calar”, declarou.
Antônia Juscilene, 34, se deslocou de Caraúbas para fortalecer a Marcha Mundial das Mulheres. “As mulheres unidas são mais fortes na luta pelos nossos direitos. Além disso, vejo a necessidade de as mulheres ocuparem cargos públicos, para que possamos conquistar mais atenção das autoridades. Caraúbas, por exemplo, nunca teve uma mulher como prefeita da cidade”, frisou.

FONTE: Gazeta do Oeste


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