HACKER VOLTA A ATACAR E REVELA DADOS DE LULA, MALUF E ATÉ DE MINISTRO DO STF
FOTO ILUSTRATIVA DA INTERNET
Dois
dias depois vazar na rede, por meio do microblog twitter, dados pessoais de
condenados no processo do mensalão (endereços, telelefones, CPFs etc), um
racker identificado por @nbdu1nder cumpriu a promessa e tornou pública, nesta
quinta-feira, também no twitter, informações semelhantes sobre o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos senadores Aécio Neves (PSDB) e Renan
Calheiros (PMDB), o deputado federal Paulo Maulf (PP), e do ministro do Supremo
Tribunal Federal Ricardo Lewasdowski.
Na
última terça-feira, pela rede, esse mesmo hacker disse que postaria também os
dados de outras lideranças políticas e do judiciário. Na terça, os políticos
que tiveram sua privacidade invadida foram o deputado e ex-presidente do PT,
José Genoíno, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) e o ex-tesoureiro do
partido Delúbio Soares, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo
envolvimento no esquema do mensalão.
Além
dos petistas, o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
condenado por envolvimento no esquema de fraudes descoberto por operações da
Polícia Federal, também foi alvo de devassa na rede.
Informações
“sigilosas”
Além
de divulgar dados como CPF, RG, endereços, email e telefones, o usuário
@nbdu1nder, ainda tece uma série de críticas aos parlamentares envolvidos no
esquema de favorecimentos para votar projetos na Câmara dos Deputados, durante
o primeiro governo do ex-presidente Lula. Segundo o hacker, o país viveu
momentos difíceis de esquecer. “O Brasil viveu um dos momentos mais
constrangedores de sua história, não apenas por assistir a posse na Câmara dos
Deputados de um corrupto e quadrilheiro condenado a seis anos e onze meses de
prisão, mas pelo fato dele ter sido aplaudido por boa parte dos parlamentares,
entre eles todos os petistas, como se fosse um herói nacional”, salientou o
hacker que afirmou que está na hora da população sair as ruas para protestar.
FOTO ILUSTRATIVA DA INTERNET
Na
mensagem, o protestante virtual ataca principalmente José Genoíno - que assumiu
o cargo de deputado na semana passada. “Como prêmio, antes da decisão final
sobre seu justo encarceramento, o petista [José Genoino] corrupto receberá
dinheiro oriundo de nossos impostos durante o período em que certamente
trabalhará para favorecer os semelhantes em Brasília, em detrimento de um povo
calado e omisso, que assiste a tudo, despolitizado e com a falta de coragem
necessária para ao menos protestar contra a barbaridade”, ataca.
De
acordo com especialistas em crimes digitais, esse tipo de postagens só podem
ser consideradas ato ilícito passível de punição legal se for feita sem o consentimento
dos interessados.
Petistas
José
Genoino foi condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa no processo
do mensalão. O deputado foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão em regime
semiaberto, mas os advogados ainda podem apresentar recursos. O STF decidiu que
os parlamentares condenados em ação penal terão seus mandatos cassados
automaticamente após a publicação da sentença.
A
pena do ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), ficou definida em 10
anos e 10 meses de prisão. Dirceu foi condenado pelos crimes de formação de
quadrilha e corrupção ativa. Já Délubio Soares, ex-tesoureiro do PT, foi
condenado pelo Supremo a oito anos e 11 meses de prisão também por formação de
quadrilha e corrupção ativa.
O
advogado de Dirceu, José Luis Mendes de Oliveira Lima, acenou que tomará
medidas judiciais. "Sim (tomaremos providências) se a ilegalidade tiver
sido cometida contra meu cliente", afirmou. As defesas de Genoino e de
Soares não se posicionaram.
Cachoeira
Já
o usuário que se identifica na rede como Artur Alves, disponibilizou os dados
de Cachoeira. No link compartilhado foi divulgada a data de nascimento, CPF,
RG, telefone, nome completo, além do nome da mãe e do pai do contraventor.
Cachoeira foi condenado por formação de quadrilha e tráfico de influência na
Operação Saint Michel, e réu em outros três processos.
Estado
de Minas
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