FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS ALERTA: PREÇOS DO MATERIAL ESCOLAR IRÁ SUBIR DURANTE O MÊS DE JANEIRO
Apesar
de os produtos que compõem a cesta de material escolar terem subido menos que a
inflação acumulada no ano passado, a expectativa dos economistas do Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) é que os preços
vão experimentar uma alta acentuada este mês.
De
acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da FGV, o material escolar,
excluindo livros, subiu 5,31% entre janeiro e dezembro de 2012, enquanto a
inflação no período alcançou 5,74%. “Em termos reais, os preços não subiram
tanto”, disse hoje (7) à Agência Brasil o economista André Braz, do Ibre. Braz
disse, entretanto, que isso não vai evitar uma alta dos preços dos artigos
escolares em janeiro, “decido ao aquecimento da demanda”.
Segundo
Braz, esse é o grande desafio que os pais vão ter que enfrentar no mês. Ele dá
algumas dicas para economizar na compra de materiais escolares. Uma delas é os
responsáveis se associarem para comprar os produtos em uma loja de atacado.
“Pela quantidade, eles vão ficar mais baratos”. Depois, faz-se um rateio. “No
rateio, a parte de cada um vai ser menor do que se cada um comprasse no
varejo”.
Outra
dica é verificar na escola se há possibilidade de compra do material mais
barato. “Algumas escolas compram em grande quantidade e oferecem material mais
barato para os pais. Se não houver espaço para fazer acordo com a escola ou com
outros pais, vale procurar na internet e, até, bater perna na rua, comprando
parte do material em uma papelaria, parte em outra. Isso sempre aumenta a
chance de fazer uma boa economia”, disse Braz.
O
economista disse que, em geral, nos últimos anos, o preço do material escolar
não vem ganhando da inflação. No início do ano, entretanto, a tendência é que
hajam aumentos fortes nesse tipo de artigo. “Esses aumentos não se sustentam.
Só vigoram mesmo nesse período de maior procura”.
Braz
disse que o mais difícil para os pais é administrar o momento da compra. Em vez
de começar a procurar os artigos com certa antecedência e com calma, a maioria
prefere deixar para comprar o material escolar na véspera do início do ano
letivo e, em razão de a procura ser maior, não há como encontrar preços baixos.
A boa estratégia, diz, é recuperar um pouco do material do ano passado que não
sucateou, ou seja, que está em bom estado para utilização, e não comprar nada
associado a marcas famosas. “Essas coisas, geralmente, são mais caras”.
O
caderno e a borracha simples não costumam subir muito de preço de um ano para
outro. Já os produtos de marca “vão pagar todo o marketing de divulgação
daquela imagem. Isso é que encarece muito o preço do material no varejo”.
FONTE: Agência
Brasil
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