COMEÇA NA MAIOR PARTE DO BRASIL VACINAÇÃO CONTRA A FEBRE AFTOSA
Quatorze
estados brasileiros e o Distrito Federal, que juntos representam cerca de 90%
do rebanho brasileiro, começaram a primeira etapa de vacinação contra a febre
aftosa na última terça-feira, 1º de maio. A maioria dos estados vão imunizar
todos os bovinos e bubalinos, com exceção de Espírito Santo, Mato Grosso,
Paraná e São Paulo. Nessas regiões, apenas os animais com idade abaixo de 24
meses receberão a vacina. Outros
seis estados que também estavam previstos para iniciar a campanha na mesma
data, Alagoas, Ceará, Maranhão, parte centro-norte do Pará, Pernambuco e Piauí
– tiveram a atividade transferida para o dia 1º de junho. A decisão foi tomada
em razão do inquérito soroepidemiológico que será realizado para avaliar se há
ou não circulação do vírus da febre aftosa na área.
O
objetivo final do processo é ampliar a zona livre de febre aftosa no Brasil até
o final do ano. Amazonas, Roraima, Rondônia, Bahia e Mato Grosso do Sul (na
região de fronteira internacional) já haviam ingressado na vacinação contra a
doença anteriormente.
Somando
todos os estados, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
espera que 158,8 milhões de cabeças sejam vacinadas nesta primeira fase.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques,
mais importante do que superar o índice de cobertura vacinal alcançado na mesma
etapa em 2011 (97,4%) é o comprometimento dos produtores na aplicação das doses
e na declaração da vacinação.
“Não
basta que cada produtor vacine corretamente o seu rebanho. Ele precisa estar
atento a sua parte, mas também fiscalizar e colaborar com o vizinho. O descaso
de um pode comprometer toda uma região”, alerta Marques.
Os
cuidados necessários para uma adequada imunização do gado são: vacinar dentro
do período estabelecido; adquirir vacinas em revendas autorizadas; conservar em
temperatura correta (de 2 a 8°C) até o momento da aplicação; aplicar a dose
certa (5 ml) na região da tábua do pescoço com agulhas e seringas em bom estado
e limpas e manejar os animais com o mínimo de estresse e nos horários mais
frescos do dia.
Após
o término da vacinação, no dia 31 de maio, os pecuaristas têm até o dia 15 de
junho para entregar a declaração nas Unidades Veterinárias Locais (UVLs) ou nos
Escritórios de Atendimento à Comunidade (EACs) dos seus estados. Os produtores
que não cumprirem com as suas obrigações serão impedidos de movimentar seus
animais até regularizar a situação, terão a vacinação acompanhada e serão
autuados. A segunda etapa da campanha ocorrerá de 1º a 30 de novembro.
A
partir do dia 15 de maio, os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, parte do
Pará, Roraima, Amapá e Amazonas (exceto parte dos municípios de Lábrea e de
Canutama e as cidades de Boca do Acre e Guajará), considerados de médio e de
alto risco e que não estão incluídos no inquérito soroepidemiológico para febre
aftosa, sofrerão restrições para o trânsito de animais e produtos. A divisa dos
estados receberá barreiras de fiscalização e os bovídeos precisarão ser
quarentenados e submetidos a exames sorológicos antes de ingressarem na área
sob inquérito. A medida visa reduzir possíveis riscos de introdução do vírus na
área em estudo. FONTE: Nominuto.com
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