GASOLINA DEVE AUMENTAR NA PRÓXIMA SEMANA
O
aguardado aumento no preço dos combustíveis no início de 2013 pode sair mais
cedo do que se imaginava. Mais precisamente, na próxima semana. A informação
foi divulgada nesta terça-feira (15) pelo jornal “O Estado de São Paulo” e,
segundo a apuração, que não cita qualquer fonte oficial, a gasolina deve subir
7% e o óleo diesel entre 4% e 5%.
Oficialmente,
o governo não confirmou a decisão de elevar os valores na próxima semana. Arno
Augustin, secretário do Tesouro Nacional que ocupa interinamente a vaga de
Guido Mantega no Ministério da Fazenda, disse que desconhece qualquer anúncio
sobre aumento nos preços da gasolina.
De
acordo com a reportagem, a decisão sobre o reajuste, inclusive, já está tomada
no Ministério da Fazenda, com o aval do Palácio do Planalto. No entanto, para
que o aumento nos postos tenha validade, é necessário o aval do ministro Guido
Mantega. O titular da pasta deve decidir o reajuste e as medidas para aliviar o
repasse ao consumidor já na próxima semana.
Dentre
as medidas analisadas pelo governo, existe a possibilidade de aumentar a
quantidade de etanol na gasolina. Neste caso, o percentual passaria a 25% e
também deve ser anunciado junto com o reajuste, segundo a reportagem. O aumento
na composição da gasolina, no entanto, só deve entrar em vigor quando a
colheita de cana-de-açúcar atingir o seu pico, o que deve ocorrer no mês de
junho. A meta do governo com tais medidas é evitar uma piora nos índices de
inflação. Além
disso, o aumento no percentual da gasolina ainda aliviaria a pressão do governo
em importar o combustível, que foi um dos responsáveis diretos pelo déficit na
balança comercial brasileira no início de 2013, anunciada ontem (14).
O
aumento nos preços dos combustíveis é bastante esperado pela Petrobras, já que
a estatal anunciou, em 2012, a intenção de elevar os investimentos internos em
tecnologia e exploração de petróleo. A meta da companhia é investir entre R$ 85
bilhões e R$ 90 bilhões em 2013.
Vale
destacar que no ano passado, antes do reajuste de 7,8% nas refinarias que não
foi repassado às bombas (o governo zerou a Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico (Cide), Graça Foster, presidente da Petrobras, afirmou que o
valor do combustível estava defasado em 15%. Agora, na iminência do aumento nos
postos, a redução de outros tributos, como PIS/Cofins, poderá aliviar o impacto
no bolso dos consumidores.
FONTE:
DN Online
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