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terça-feira, 17 de março de 2015

CRISE NA SAÚDE AFETA ATENDIMENTO NO H.R.T.M E HOSPITAL DA MULHER




Caos na saúde mantida pelo Estado em Mossoró. Não bastasse a situação dos pediatras e obstetras do Hospital da Mulher, que suspenderam suas atividades em consequência do não pagamento dos meses de outubro, novembro e dezembro do ano passado, bem como janeiro e fevereiro deste ano, a crise se acentuou domingo que passou (15): o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM) registrou incêndio em consequência de pane no sistema elétrico devido às chuvas registradas na segunda maior cidade do Rio Grande do Norte. O quadro remeteu ao desespero de médicos, enfermeiros, pacientes e familiares, que se viram obrigados a transferir pacientes que estavam acomodados em leitos da unidade de terapia intensiva (UTI) por causa da interrupção do gerador.
Ontem, a direção emitiu uma nota de esclarecimento à sociedade e quis deixar entender que a culpa da pane elétrica e posterior incêndio tinha sido unicamente por causa das chuvas. É que, mesmo passado dois meses e 16 dias do novo governo, não se fez nenhuma melhoria no sistema elétrico do hospital. E, de acordo com o que foi passado pela direção, o problema maior do quadro vivenciado na unidade regional foi provocado por falhas estruturais, já que a chuva molhou a caixa externa que supre os aparelhos de ar-condicionado, e isso teria provocado o curto-circuito na instalação.
Com o fogo iniciado, a diretoria chamou o Corpo de Bombeiros e, para evitar problemas maiores, desligou o sistema elétrico de alguns setores do hospital, o que atingiu a UTI, sendo preciso que pacientes fossem transferidos para outros hospitais da cidade, como Centro de Oncologia de Mossoró e Hospital da Mulher.
Aliado a tudo isso, ainda se tem o fato de que o HRTM está infectado por bactérias que provocam infecção hospitalar. Como pacientes da UTI foram transferidos, estes só retornarão, conforme a direção, quando a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar concluir as atividades de desinfecção total da área.

ATRASO

Não bastasse a crise do Hospital Regional Tarcísio Maia, o Governo do Estado amarga outra situação delicada e que envolve o Hospital da Mulher: pediatras e obstetras suspenderam os atendimentos. 
Havia o compromisso do Estado em pagar o atraso, mas até ontem à tarde não se tinha informações relacionados ao repasse.
Com a suspensão dos atendimentos, seis recém-nascidos que estavam na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e unidade de cuidado intensivo neonatal convencional (UCINCO) foram transferidos à Casa de Saúde Dix-sept Rosado, em Mossoró, e ao Hospital Santa Catarina, em Natal. “Os serviços emergenciais estão suspensos no setor de pediatria. Os pediatras preferiram na sexta-feira da semana passada paralisar o setor e só voltarão mediante o pagamento por parte do Estado de seus vencimentos. Com isso, os pacientes estão sendo transferidos para outras unidades na cidade e no Estado”, disse Hugmara Fonseca, da diretoria do HM.
A questão é que não existe nenhum cronograma relacionado ao pagamento. Fala-se nos meses da atual administração, mas os profissionais querem receber os três meses do ano passado. Alega-se que o problema seria da gestão anterior. O repórter tentou conversar com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP), mas não obteve êxito.

FONTE: Edilson Damasceno - JORNAL DE FATO

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